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Neste dia 10 de Novembro, quinta-feira, Matilde Breyner deu a primeira entrevista após a sua perda gestacional, sendo que escolheu falar com Manuel Luís Goucha, no programa “Goucha”, da TVI.
A mesma começa por recordar: “Comecei a perceber que era sério [depois da ecografia morfológica]. Começámos a fazer exames e os médicos desde o início disseram-nos ‘é isto’. Não vou explicar o diagnóstico porque é tão íntimo e pessoal que acho que tenho de me proteger de alguma forma. Os médicos prepararam-nos, disseram-nos que era mau”.
A atriz submeteu-se ao exame da Amniocentese, que revelou ser fatal: “[Eu e o Tiago] ficámos dois dias em silêncio, a digerir aquilo na nossa cabeça. Tinha muito medo em falar com ele e não estarmos o dois na mesma página. Até que um dia fomos para a cama, eu disse: ‘Temos de falar, a minha opinião é esta’. Ele disse: ‘Eu também’. E os médicos deram-nos sempre a hipótese de interromper a gravidez e foi isso. Foi um ato de amor”.
Matilde Breyner ainda garante que o que aconteceu nunca abalou a sua fé: “Sei que o que eu e o Tiago fizemos é um ato de amor. Estava em paz”.
“Tinha pedido ao médico para estar a dormir e o médico recusou, a Joana disse-nos que era isso que nos ia salvar. Tive tudo, todas as dores de um parto, tive um parto. Epidural, contrações, senti-a a nascer. Foi o que a psicóloga nos disse: ‘Mais vale enfrentarem tudo naquele dia do que depois virem-se a arrepender’. Ela disse para tirarmos fotografias. O Tiago tirou imensas fotografias. Não revejo as fotografias recorrentemente porque ainda tenho a imagem muito presente em mim, mas conforta-me muito saber que quando quiser ver, vou ao telefone e vejo”, relatou.
“Não me custou nada chegar a casa, antes pelo contrário. Cheguei, olhei para as coisas dela, com ela muito presente na minha cabeça, e foi lindo”, rematou, revelando que ansiou pela chegada a casa, onde se deparou com as coisinhas da bebé.
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